sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Erasmo Carlos retorna ao Rio Grande do Sul com shows nesta sexta e sábado

Um dos mais importantes nomes da música brasileira, Erasmo Carlos retorna ao Rio Grande do Sul nesta sexta e no sábado, para apresentações em Novo Hamburgo, no Teatro Feevale (ERS-239, 2755), e em Porto Alegre, no Teatro do Bourbon Country (Túlio de Rose, 80), respectivamente. O show reúne canções do disco homônimo – que foi vencedor do Grammy Latino de Melhor Álbum de Rock Brasileiro – além de grandes sucessos que marcaram a carreira do Tremendão, como “Gatinha Manhosa”, “Negro Gato”, “É proibido fumar” e “Festa de Arromba”.

Para a primeira data, os ingressos custam entre R$ 80 e R$ 120. Já para a apresentação na Capital, eles estão sendo vendidos por valores entre R$ 80 e R$ 160. As entradas podem ser adquiridas pelo site. Acompanhado de sua guitarra, o músico subirá aos palcos com a banda formada por Pedro Dias (baixo), Luiz Lopes (guitarra e violão), Billy Brandão (guitarra), Rike Frainer (bateria) e o maestro José Lourenço (piano e teclado).

Erasmo cresceu cercado por elementos que tornariam sua identidade musical singular. Já adolescente, fez destacar sua personalidade no meio de um bando de fãs de rock'n'roll e bossa nova que incluia Tim Maia e Jorge Ben. Logo depois, conheceu o na época aspirante a cantor Roberto Carlos, durante um concerto de Bill Haley no ginásio do Maracanãzinho. Ver o norte-americano inspirou o artista a formar os Snakes com os dissidentes de outro grupo local, os Sputniks.

O grupo vocal de Erasmo estrelou algumas aventuras no underground do mercado musical, até lançar o LP "Só Twist",  em 1961, que não obteve sucesso. Erasmo então foi trabalhar como assistente do apresentador e produtor Carlos Imperial – por intermédio de quem viria a tornar-se crooner do grupo Renato & Seus Blue Caps, em 1962. Com Erasmo dividindo os vocais com o baixista Paulo César, a banda publicou seu primeiro LP. Não muito depois, os Blue Caps acompanhariam Roberto Carlos na gravação de "Splish Splash", numa versão para o português feita por Erasmo. Foi o nascimento da lendária parceria entre os dois.

A Jovem Guarda agrupou as influências do pop britânico e ganhou popularidade definitiva a partir de setembro de 1965 – quando a TV Record estreou o programa homônimo. Apresentado por Roberto, Erasmo e Wanderléa em São Paulo por três anos seguidos, o programa deu visibilidade para os primeiros se tornassem os principais nomes e também os compositores do movimento, com talento de sobra para garantir material de qualidade até para os colegas. Com o fim da Jovem Guarda, Erasmo mergulhou ainda mais na bossa e na MPB que vinha tangenciando ao longo dos anos.

Desde então, foram uma série discos e canções que ajudaram a moldar a história da música brasileiras.  Sua discografia teve continuidade em 2004 com "Santa Música", só com material inédito e, em 2007, com "Erasmo Carlos Convida II", reunindo ídolos da MPB em torno de sua obra. Nesse período, começou a escrever o seu livro "Minha Fama de Mau," reunindo suas memórias e que veio a ser lançado em 2009. Neste mesmo ano, lançou "Rock'n'Roll", com produção de Liminha e lançado por sua gravadora Coqueiro Verde Records.

Em 2011, lançou o álbum Sexo seguindo a trilogia, com participações nas composições de Arnaldo Antunes, Adriana Calcanhoto, Chico Amaral, Nelson Mota e Frejat nas guitarras. Em 2014, o músico presentou o público com "Gigante Gentil" e saiu em turnê que passou pelo Rio Grande do Sul. Em 2015, Erasmo recebeu o Prêmio Grammy Latino de Melhor Disco de Rock por esse trabalho. No mesmo ano, lançou o CD e DVD ao vivo "Meus Lados B".
Fonte: Correio do Povo

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