quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Álbum de Erasmo Carlos de 1970 é relançado em CD

Diferentemente de Roberto Carlos, que soube fazer naturalmente a transição da Jovem Guarda para a fase adulta da carreira, Erasmo Carlos ficou tremendamente perdido quando chegou ao fim, em 1968, o reinado das jovens tardes de domingo. De todo modo, em 1969, o cantor, compositor e músico carioca voltou às paradas com a canção sintomaticamente intitulada Sentado à beira do caminho (Roberto Carlos e Erasmo Carlos). Mas a virada começou a ser esboçada no álbum Erasmo Carlos e Os Tremendões, lançado originalmente pela extinta gravadora RGE, em 1970, e ora reeditado pela Som Livre no formato de CD fabricado com embalagem digipack.

Essa virada estética foi consolidada no ano seguinte, no antológico álbum que definiu a carreira do Tremendão na década de 1970, Carlos, Erasmo... (1971). Mas algumas sementes já foram lançadas nesse disco de 1970 que ganha nova edição em CD. A que mais frutificou é o samba-rock Coqueiro verde (Roberto Carlos e Erasmo Carlos, 1970), o maior sucesso do repertório do disco.

Com produção conduzida pelo próprio artista, com direito a arranjos do maestro Chiquinho Moraes, o álbum Erasmo Carlos e Os Tremendões trouxe regravações do samba-exaltação Aquarela do Brasil (Ary Barroso, 1939), de Saudosismo (Caetano Veloso, 1968) e de Teletema (Tibério Gaspar e Antonio Adolfo, 1969), canção lançada no ano anterior. Com Roberto, Erasmo assina no álbum Estou dez anos atrasado, Vou ficar nu para chamar sua atenção (Preciso chamar sua atenção) e a já mencionada Sentado à beira do caminho.

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